domingo, 30 de janeiro de 2011





O rio corre sozinho, vai seguindo seu caminho, não necessita ser empurrado.
Para um pouquinho no remanso. Apressa-se nas cachoeiras, desliza de mansinho nas baixadas.
Mas, no meio de tudo, vai seguindo seu caminho. Sabe que o seu destino é para frente. Vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando ao mar. O mar é a sua realização e, chegar ao ponto final, é ter feito a caminhada.

A vida deve ser levada do jeito do rio. Deixar que corra como deve correr, sem apressar ou represar, sem medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras. Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de chegada.

Desejo ser um rio, livre do empurrão dos outros e dos meus próprios.
Livre das poluições alheias e das minhas.
Rio original, limpo e livre.
Rio que escolheu seu próprio caminho.
Não interessa ter nascido a um ou mil quilômetros do mar.


=*